quinta-feira, 20 de março de 2014

As pimenteiras do Pimentel


Olá amigos o assunto hoje é de arder. Sempre gostei de pimenta, mas não sou um apaixonado, uso-as às vezes, em certas comidas e por pensar assim, achava que todos que gostam de pimenta também às usavas às vezes.

Certo dia nosso vizinho Sidnei nos ofertou de sua própria plantação uma quantidade muito grande de diversas variedades de pimentas; vermelha, laranja, amarela, pimentas lindas ardidas e com um forte e saboroso aroma.

Minha esposa então resolveu fazer conservas e colocamos à venda via facebook, surpreendente a quantidade de interessados. Outra parte plantei, o tempo passou e as sementes germinaram, fiz várias mudas plantando-as na propriedade, semana passada pus a venda um arranjo com algumas pimenteiras em frutificação plantadas em uma caixa de legumes de geladeira, uma sucata reaproveitada, e novamente a quantidade de pessoas interessadas foi muito grande.

Confesso ficar surpreso com o gosto das pessoas por pimenta, pessoas que as comem todos os dias, ou quase, dependendo muitas vezes de tê-las disponíveis.

Eu diria hoje que a pimenta entra no grupo de iguarias ou comidas exóticas como: caranguejo, batata barão, caldo de piranha, jiló e por ai vai. Esses tipos de alimentos são reservados a um  público quase sempre restrito, porém muito apaixonado por eles.

A pimenta ao longo do tempo desfez crendices a seu respeito e hoje já há pesquisas que apontam como um excelente tempero com ações medicinais e ainda com uma grande vantagem frente aos outros alimentos citados, é que a pimenta pode ser degustada com tudo ao gosto do freguês.

Pois é, as frutinhas fazem arder o coração de seus admiradores, e realmente não dá para negar que são lindas e adoráveis.

Bom, vou ficando por aqui, afinal sou um Pimentel e hoje a fim de contribuir com a paixão dos  “pimenteiros”, vou seguir plantando meu “pimental”.

Forte abraço;

Sérgio Pimentel

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ninho Horta

Olá pessoal o foco agora é aumentar a produção de alimentos no sítio. Além de culturas em modelos tradicionais em covas ou em nível, todas separadamente e lógico sem agrotóxico, optamos também por utilizar o modelo em forma de ninho – modelo aprendido por mim através do conhecimento da Engenheira Florestal Melina Goulart em uma oficina realizada no Colégio em que trabalho – No ninho florestal, adaptado por mim para ninho horta, o cultivo das várias espécies é realizado de forma conjunta, as plantas são misturadas e respeitando o tempo de cultivo de cada uma elas crescem e frutificam de forma bem satisfatória, percebe-se que há uma proteção natural entre as plantas e, é claro que mesmo sem o uso de nenhum defensivo químico as plantas ficam bem saudáveis.

A área escolhida começando a ser preparada.

O preparo do ninho é simples: O canteiro é preparado afundando seu meio e colocando nele o adubo natural que tiver na propriedade – folhas, húmus, esterco seco de galinha ou boi etc. – a terra que foi retirada volta misturada ao adubo. Em seguida semeie o que for de seu interesse e cubra com folhagem para que se mantenha a umidade e proteção das novas plantas.


Aqui no Sítio Perto do Céu como já mencionado em outras postagens contamos com um catavento que bombeia água de uma mina baixa para um local mais alto onde ocorre a distribuição. Então, aproveitamos o feito e colocamos uma pequena caixa d’água um pouco acima do ninho, e direcionamos a água do catavento para essa caixa nos dias mais quentes ou nas estiagens de chuva. Na parte baixa da caixa há uma saída com um registro ligado a um tubo de meia polegada – na propriedade usamos o tubo Pelé que é mais barato, aliás, o que usamos eram pedaços que emendamos – e por gotejamento os ninhos são molhados sempre que o vento aciona o catavento.
A irrigação.
Então é só esperar, cuidar no dia a dia e colher. A maior vantagem do ninho como já relatei é a proteção que uma planta oferece a outra. O ponto negativo é um cultivo em menor escala, pois o manejo dos canteiros é manual detalhada e lenta.
É isso ai, a produção de alimento melhorou e a nossa dieta por aqui também, estamos colhendo feijão de vara, abóbora, milho, maxixe, tomate, rabanete, rúcula, batata doce etc.

Valeu é um prazer relatar e dividir as práticas que podem contribuir com um mundo melhor.
Forte abraço;

Sérgio Pimentel

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Carneiro hidráulico ou bomba Carneirinho - Princípio de Aríete

Olá amigos, continuando nossa busca por sustentabilidade iremos mostrar a montagem e o funcionamento da bomba carneirinho.

A bomba carneirinho que também é conhecida como bomba de Ariete ou carneiro hidráulico é um artefato que recalca água sem uso de energia elétrica, motor combustível etc.

A montagem é simples, com peças de hidráulica comprada em qualquer loja de material de construção pode-se montar uma bomba carneiro.


A única peça que necessita de adaptação é a válvula de fundo, que necessita de um furo para que seja colocado um parafuso com uma mola.


A mola não pode ser muito resistente.
A grade deve ser quebrada para poder permitir a regulagem.


Tai a peça pronta.

Em seguida é só montar as outras peças.




Agora é só testar.


No evento teste o carneirinho está recalcando a água de desnível de 1,5 metros e recalcando a aproximadamente 3 metros.
Assista o evento teste no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=jKjBktJXNvQ&feature=youtu.be

É isso aí. Lembrando que o carneirinho deve ser usado dentro de rios devido a quantidade de água que não é recalcada. Em fim, é uma ótima opção para propriedades rurais.


Forte abraço;

Sérgio Pimentel

Pra saber mais sobre o fenômeno físico de Aríete: http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_ar%C3%ADete

quarta-feira, 17 de julho de 2013

PROJETO CONSERVAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA APA ESTADUAL DE MACAÉ DE CIMA - Sítio Perto do Céu.

Reflorestamento pra valer


Olá amigos agora a coisa é séria. O nosso projeto de reflorestamento decolou, com utilização do Fundo de Compensação Ambiental – o sítio está dentro da APA de Macaé de Cima – parcerias com o INEA, IBAMA, IES BRASIL e Sítio Terra Romã que conta com o parceiro produtor de mudas nativas Marcos Cunha, acabamos de concluir o plantio de 2500 mudas em uma área de 1,5 ha.



A área em questão com nascente semi desprotegida, com regeneração natural em estágio inicial, rio com mata ciliar em regeneração natural, é área de interesse para restauração, pois além de proteção de nascente e rio a mesma faz ligação entre fragmento florestal vizinho e a vertente da Pedra da Benfica, criando um corredor de biodiversidade no local.




Foram 1000 mudas de preenchimento (39 espécies) e 1.500 mudas de diversidade (40 espécies) totalizando 79 espécies de Mata Atlântica.





O Processo foi executado em etapas pré-definidas tais como: roçada manual preservando as espécies em regeneração natural, alinhamento e marcação das covas em curva de nível com técnica – pé de galinha, coroamento, coveamento, calcário, adubação e plantio.




Lembrando que a área é em aclive e neste caso, a ajuda do Burro que realizou o transporte foi fundamental. 

Ao final do dia ele ganhou umas espigas de milho a mais na alimentação.

Agora é cuidar do que foi plantado e tocar os projetos  em Educação Ambiental.

Forte Abraço,
Sérgio Pimentel

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sítio Perto do Céu - Um laboratório a Céu Aberto.

Olá amigos;

Parece que cada vez mais o Sítio Perto do Céu vem se tornando uma sala de aula ao ar livre, um laboratório de oportunidades para o despertar do conhecimento.



Sábado, dia 24 de novembro tivemos o prazer de receber os alunos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual José Martins da Costa, localizado aqui mesmo no sexto distrito, em São Pedro da Serra - NF. A visita fez parte do projeto de vivencias ambientais realizado pela escola dirigida por professora Gleice Heringer, em parceria com o Sítio Terra Romã que conta com a administração do produtor de mudas nativas, Marcos Cunha  e o gestor ambiental Bruno Ferrari.

Acompanhados dos professores: Vitor e sua simpática esposa Lúcia Passeri,  Laércio e o Pedro Vasconcelos os alunos realizaram o plantio de cerca de 60 mudas nativas variadas, contribuindo assim para a revitalização da Mata Nativa local.


O projeto de Educação Ambiental realizado pode ser considerado a pedra fundamental de um projeto maior com cerca de 2550 mudas que está em fase final de estudo e acordos com parceiros. Mas este será noticiado em breve assim que estiver sendo executado.


Por hora é isso, estamos felizes por envolver a juventude e profissionais apaixonados pelo bem estar e equilíbrio do Ambiente.

Forte abraço;

Sérgio Pimentel.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ecoturismo no Sítio Perto do Céu

Olá amigos,

Foi com grande alegria que no dia 3 de junho eu e minha família recebemos a visita dos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio Inovador do Colégio Estadual Professora Alcina Rodrigues Lima no Sítio Perto do Céu.

A visita que fez parte do conteúdo da disciplina eletiva Ecoturismo transcorreu com muita paz e nós, juntamente com os professores  Denilson Botelho, Rosana Maia e Sueli Moço, tivemos um agradável domingo de muita alegria e troca de conhecimentos.


Obrigado a todos que participaram do evento.


Forte abraço;



Sérgio Pimentel, Fátima Zanuto, Hugo Zanuto & Malu.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Identificando e Classificando espécies vegetais nativas e exóticas em AGROFLORESTA urbana.



Introdução:

Identificar e classificar espécies vegetais não são tarefas fáceis dadas à biodiversidade de nossas espécies (nativas) e a quantidade grande de espécies exóticas bem adaptadas em nosso território.
O sistema de classificação utilizado ainda hoje tem como base os estudos de Car Von Linné (Lineu – 1707 / 1778) que considera a observação, estrutura celular e nutrição. Porém, quando se refere a espécies vegetais, a dificuldade aumenta devido à variabilidade de espécies, a sinonímia, ao tempo que é necessário, pois há necessidade de se acompanhar todo processo de crescimento e maturação das espécies (crescimento, floração, frutos, sementes, textura de caule.)





Identificando o espaço:

         O espaço em questão é a AGROFLORESTA urbana do Colégio Estadual Professora Alcina Rodrigues Lima, localizado no bairro de Itaipu na cidade de Niterói RJ. A área mede aproximadamente 1000 metros quadrados. Trata-se de uma área localizada nos fundos da escola que tem sofrido ações construtivas, o local que até bem pouco tempo servia de espaço onde eram descartados os restos de obras pretéritas hoje já esboça ser um espaço de aprendizado sobre o ambiente que vivemos.





Objetivos Gerais:

        É objetivo principal do trabalho a consolidação dos métodos científicos, despertar nos estudantes o prazer de descobrir, enfrentar desafios, melhorar o espaço escolar, valorizar o espaço escolar, servir de apoio pedagógico nas disciplinas de Geografia, Biologia, Iniciação Científica, Ecoturismo, por fim, não menos importante, identificar e classificar as espécies vegetais que fazem parte do acervo da agrofloresta escolar.


Metodologia:

Tomamos por base os nomes populares e com o auxílio da internet e apoio de literatura técnica especializada procuramos identificar as espécies existentes. Quando não há informação nem sobre o nome popular o trabalho aumenta ainda mais o nível de dificuldade, neste caso, a observação das partes existentes do vegetal comparada com fotos em livros e sites especializados passa a ser a alternativa.
O trabalho está sendo realizado por estudantes dos segundos e terceiros anos do Ensino Médio Inovador no horário destinado as aulas de Iniciação Científica, Biologia, Geografia e conta com o direcionamento e coordenação do professor de Biologia e Iniciação Científica das turmas.




Conclusão:





Foram classificadas até o momento 20 espécies nativas e 10 espécies exóticas.

O trabalho de classificação e identificação, está longe do fim, pois ainda há  espécies que não foram classificadas, há espaço para o plantio de várias outras plantas e sendo o manejo uma atividade perene o trabalho nela também se torna constante, sem  FIM.


Por: Sérgio Pimentel 

Referências:
LORENZI, Henry – Árvores nativas brasileiras – Volumes:1,2,3,
 CASTRO,P.R.C., KLUGE, R.A., PERES, L.E.P. - Manual de fisiologia vegetal.
WWW.sitiopertodoceu.blogspot.com